quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

entrei na cidade
a cidade agora vive um permanente estado de sítio
eu não sei onde isso vai nos levar
as pessoas vivem amedrontadas
escravas de seus próprios medos
o asfalto é sufocante
e o pó que devasta nossas narinas
quanto vale a luz dos mortos
vida parece distante
quando adentrei a cidade proibida
e avistei ao longe
a corja suja de cães de guardas fortemente armados
meu corpo estremeceu
mas todos os mortos andavam tranquilamentes nos sonhos
e tomar café e sair e trabalhar e viver sem pensar
neste pesadelo e buscar uma outra vida sempre
sempre e além
se eu nunca estive vivo como posso
te oferecer vida
já estou cansado
mas não te venderei minha utopia
ela ainda me mantem
fogo fogo fogo e gelo gelo
a expansão

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