quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

para max martins in memoria
não é o poema
o tédio desta tarde
o som das esferas
casa antiga
coberta de heras
um magro poeta
além das águas
max magro poeta
atravessando a praça
a luz das esfera
um canto antigo
de um mago poeta
magro que vive
dentro das feras

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

o som caotico do cosmos é o mesmo na piramide concreta da cidade

se mover no caos

é provocar mais caos

os jardins artificiais existem

mas como drumond

eu insisto uma flor nasceu

no asfalto é feia mas é uma flor

e então se percebemos isto podemos

também perceber o som das águas
o som caotico do cosmos é o mesmo na piramide concreta da cidade
se mover no caos
é provocar mais caos
os jardins artificiais existem
mas como drumond
eu insisto uma flor nasceu
no asfalto é feia mas é uma flor
e então se percebemos isto podemos
também perceber o som das águas
o som emerge do silêncio, da ausência do sentido das coisas concretas
propagação em meio ao caos da cidade que cria seres estranhos
vampiros de ilusões e desejos
da escuridão das estruturas surgem os piores ruídos
os barulhos mas nefastos da realidade
os jardins já não estão mas floridos
são artificiais, pois, foram criados pelos homens
os mesmos homens que destruíram a natureza
a lapidação é apenas um ordenação
é a construção de um sentido a partir de conceitos e gostos forjados
gosto da música vinda das águas
ela é livre, espontânea, sutil e contínua

fernando d'pádua

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

os sons para se tornarem música precisam ser lapidados
assim como os jardins para permanecerem floridos
som ensurdecedor barulho é música ainda não lapidada
mas logo tudo é música som e barulho
é assim que vejo o universo
aqui dos verdes vales do fim do mundo